sábado, 9 de julho de 2016

RELAXANDO NA TURBULÊNCIA DA VIDA

A ESPERANÇA NÃO ESPERADA

Somos criados que a esperança é a última que morre, que é preciso ter-se esperança em que dias melhores virão, e que a esperança é uma qualidade que as pessoas precisam aprender a ter, porém a esperança é a espera de que algo aconteça como nós gostaríamos que ela ocorresse, mas, infelizmente, pouquíssimas coisas são assim na vida.

Para isso, precisamos de algo além desta esperança que seria a resiliência, nossa capacidade para lidar e se adaptar para superar o que ocorre também fora do "script da esperança", para que soframos muito menos do que deveríamos e, acredito que, nós, ocidentais, sofremos 80% a mais de modo totalmente necessário porque temos ínfima inteligência emocional e equilíbrio espiritual.


A DESNECESSIDADE DA MAIORIA DO NOSSO SOFRIMENTO

Temos uma ilusão e até, grande parte, uma arrogância que somos os "banbanbans" do controle da vida. Tem alguns até que se sentem tão metidos aos controladores e até se sentem superiores a tudo e a todos que mergulham-se numa personalidade doente de que são perfeitos, mas, a maior parte de nossa sociedade, se sente fraca diante da vida, se acha "carregada" pelo destino, ou mesmo que "a vida é uma luta", ou que "é preciso matar um leão por dia".

Somos ótimos em criarmos 80% a mais de sofrimento para nós mesmos, nos iludindo que a vida é uma droga, ou mesmo que somos acima de qualquer coisa que a vida vier a nos oferecer, ou seja, nos destruímos como gente se sentindo sem estima ou, ao contrário, com uma superestima, além da realidade do que somos.

A FALTA DE PAZ E DO CAMINHO DO MEIO

Como não aprendemos a ver a vida como ela é, em aceitá-la como um parque de diversões, mesmo que tenhamos que passar por péssimos momentos, até de lidar com doenças e mortes, criamos uma sociedade doente com quase nenhuma alegria pura, paz interior, porque não sabemos lidar com o que Buda chama de "Caminho do Meio", uma postura de equilíbrio diante da vida, aceitando tudo o que dela vier de modo tranquilo.

Ou mesmo, não aprendemos com Cristo que produziu o bem, convicto de sua missão e das flores e espinhos desta, e continuamos pregando e realizando amor com todos os nossos semelhantes, passamos a viver como sub-humanos, não vivenciando ao máximo a realidade da felicidade humana dentro de nós, e, por consequência, em nossa sociedade, que vira uma selva de lutas, de competições, de agressões, de injustiças.

RELAXANDO MESMO NAS TURBULÊNCIAS

Deste modo, aprender a ter uma paz interior passa a ser mais prioridade do que a tríade de ser famoso, ser riquíssimo, e ser poderoso, porque sem a felicidade, nada disso nos dá prazer puro, um sentimento de paz, de solidariedade, de amor para todos, porque estamos perdidos tanto dentro de nós que queremos impor nosso sofrimento em forma de atos para os outros.

É preciso, sim, o resgate do ser humano original dentro de nós, feito por Deus para lidar com quaisquer adversidades, turbulências, "infernos" dos menores aos maiores possíveis, do mesmo modo que estejamos inteiros para viver o prazer, o fazer amor, ao sentir felicidade e paz dentro de nós, e, este resgate, é uma obra ao mesmo tempo simples, e ao mesmo tempo extremamente complexa.

Já sabemos fazer isso desde que nascemos, mas nossa sociedade fez a gente achar que não sabemos, daí nos tornamos sentindo-nos como seres inferiores ou superiores, como vermes ou como semi-deuses, e nada disso nós somos. Somos simplesmente seres humanos capazes de lidar com as maiores adversidades e superá-las, e de também amar a vida, ter paz, sentir-se o contentamento puro em estar vivo. Onde está isso? Dentro de nós, e só nós, com ou sem ajuda de outros, podemos e devemos tirar o véu que esconde nós de nós mesmos.

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