sexta-feira, 3 de junho de 2016

BAMBU, ÉTICA E MORAL DO BRASIL ATUAL

BAMBU, ÉTICA E MORAL DO BRASIL ATUAL
Por Herbert Lisboa Torres – Maceió-AL - Maio/Junho-2016


Como há variadas formas de conceitos sobre ética e moral, entendendo, aqui, a moral como um acordo coletivo da sociedade do momento que gera o “certo” e “errado”, “normal” e “anormal”, e a ética como sendo a forma do bem, do respeito, honestidade, do uso adequado e coerente (do dinheiro, e cargo público, da função que exerce, etc) da justiça e da postura de consideração acerca de si, do outro, da sociedade, e do mundo.

MORAL DOENTE OU SADIA

De acordo com a relatividade de nossa postura, porque, para nós, todos nós temos o conceito do que é certo ou errado, normal e anormal, a moral é uma concepção genérica que pode a pessoa concordar ou discordar de acordo com qual ponto se ater mos.
No entanto, esta moral, dependendo do regime da sociedade pode ser algo mais imposto ou mais flexível, e nisso, de um lado, vemos o nascedouro das ditaduras, de um lado, e da democracia de outro, numa perspectica macro.
Só que também entendemos que a natureza do ser humano em si tem um caminho de entendimento, e a moral pode ou não se situar em prol desta. Pode, assim, conceber-se uma moral doentia ou sana.
Conhecemos muitas culturas com moral doentia, mas, que, para eles, é o certo, o normal, e estas não sentem remorso ou arrependimento de injustiças e até mortes geradas porque estão “acobertados” e, sim, narcotizados pela ideia de um “certo que mata”, que comete atrocidades.
É nesta arcabouço que nasce o sistema legal, de leis de um povo, onde a moral predominante, de quem é mais poderoso, se transforma em normas que precisam ser traçadas na linhas para julgamentos, punições, de um lado, e para condecorações, homenagens por outro.
O sistema legal, formado a partir destes pressupostos, obedece os padrões do “certo” e do “normal” de sua sociedade, onde todos precisam se submeter a estas leis montadas, podendo, entretanto, criarem-se um sistema libertário e justo, ou um opressor e injusto.

A FORMAÇÃO ÉTICA NA PESSOA E NA SOCIEDADE

Quando concebemos a ideia de ética, aqui, pensamos que deveremos aprender a lidar com as diferenças das pessoas, a respeitá-las, procurar fazer o bem, a bondade, a sermos solidários, amorosos, mas, também a defender firmemente a justiça para as pessoas danosas, que produzem o mal de modo intencional ou até mesmo os que são usados e sabem disso.
A formação ética nasce, na maior amplitude, dentro da família, concebendo o grupo familiar podendo ser com os pais biológicos, os socioafetivos, os mesclados, os que desenvolvem o amor dentro de casa, mas, não podemos deixar de mencionar, que este grupo pode ser doente, antiético e formador de mau caráter.
Assim, a formação ética poderá ser positiva ou negativa, ou em prol da concepção de uma personalidade em prol do bem e da justiça, ou, por outro lado, de uma pessoa de má índole egoísta, maldosa, e até mesmo psicopata.
Deste modo, considero formação ética positiva, quando ocorre o primeiro caso, e negativa quando se alimenta para a segunda forma, mas que o meio mais forte disso tudo é mais a família, se bem que, dependendo de cada pessoa, a religião, a escola, o grupo e ciclo de amigos, o meio social poderá influenciar fortemente neste tipo de formação.
É, aqui, na formação ética negativa aonde criamos o pior dos seres humanos que conhecemos e que chamamos, de um lado errôneo, de psicopata, porque “pata” quer dizer aqui doente, e o psicopata não é um doente, e, na ideia atual, nem cura tem até agora.
De um outro lado certo, poderíamos chama-lo de “psicomaldoso” mesmo porque ele, não sente remorso ou arrependimento ou culpa se fizer alguma maldade, e pode até interpretar, encenar que está sofrendo pelo outro, mas é tudo fingimento com fins de outros objetivos.
No entanto, eu prefiro continuar chamando-o de “psicopata”, mas defini-lo como um doente ético e moral, não sendo, portanto, um doente mental, que comete suas ações e até assassinatos movidos por problemas emocionais e psicológicos.
O chamado de psicopata comete das mais pequenas maldades até as mais grosseiras atrocidades até a morte de modo frio, calculista, consciente, e, geralmente, é um grande entendedor da mente humana, para que suas ações tenham sucesso.

A POSTURA BAMBU

Por isso, como meta de formação pessoal, precisamos saber lidar com a moral (social) e agir de modo ético, em prol do bem e/ou da justiça correta para os maldosos, para os psicopatas.
É preciso, assim, o que chamo de “mente bambu” que considero ser aquela que é firme diante de tudo, mesmo com as intempéries e as ações fortes da natureza, mas é flexível se movimentando de acordo com ela.
Posso até chamar também de “mente água” que é aquela que, sem viver reclamando ou lamentando a vida, se adequa ao copo, ao que a vida nos apresenta, e flutua agindo corretamente e de modo ético.
A “mente bambu” é uma perspectiva que podemos assumir para nossa mente que nos permite ser um alto observador da vida com o ela é, uma testemunha do real, e, por assim ser, nos favorece a compreender melhor o que se mostra a vida, agindo, desta forma, mais adequadamente.
Esta nossa postura diante da vida nos permite ser flexível na hora e para a coisa certa, e, também, ser flexível para o que precisa ser assim, tornando esta forma um modo de lidar com a vida aceitando-a como ela é, e, deste modo, agindo adequadamente.

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